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A quem serve a privatização disfarçada da educação pública?

O jornal Valor Econômico publicou um artigo enaltecendo as PPPs (Parcerias Público-Privadas).Porém, o que não é dito no artigo é que esse suposto “cenário promissor” nada mais é do que uma visão neoliberal e mercadológica da educação pública. Uma visão que retira a responsabilidade do Estado, ignora os impactos negativos das privatizações já observados em […]

22 maio 2025, 11:58

O jornal Valor Econômico publicou um artigo enaltecendo as PPPs (Parcerias Público-Privadas).Porém, o que não é dito no artigo é que esse suposto “cenário promissor” nada mais é do que uma visão neoliberal e mercadológica da educação pública. Uma visão que retira a responsabilidade do Estado, ignora os impactos negativos das privatizações já observados em setores como saúde, saneamento e transporte, e sequer abre espaço para o diálogo sobre o controle social de um direito constitucional e a participação da comunidade escolar nas decisões.Assinado por dois advogados ligados ao setor empresarial, o texto defende que o avanço das PPPs pode representar uma “transformação significativa” na qualidade do ensino.

Mas será mesmo?Para nós, da TLS (Trabalhadoras e Trabalhadores na Luta Socialista), o que está em jogo é a tentativa de empresas otimizarem seus lucros por meio do argumento falacioso da “eficiência”, a fim de justificar o repasse de verbas públicas bilionárias ao setor privado. Enquanto isso, escolas públicas seguem sucateadas, professores são desvalorizados e a comunidade escolar é excluída e impedida de participar das decisões sobre políticas públicas educacionais.A educação não é um serviço a ser concedido e gerenciado por contrato, sem considerar seu papel social, crítico e formativo. Transformá-la em mercadoria é colocar o lucro das empresas acima do conhecimento e do desenvolvimento crítico dos estudantes.A educação pública está em risco e exige investimento real do Estado, valorização de todos os profissionais da educação e participação efetiva da comunidade escolar. É urgente reafirmar o compromisso com uma formação crítica que não transforme as escolas públicas em fábricas de mão de obra barata.

A TLS segue na luta por uma educação pública, gratuita, inclusiva e que atenda aos interesses de toda a classe trabalhadora — e não aos dos conglomerados empresariais.