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AS ENCHENTES, VOLTAM ATORMENTAR FRANCO DA ROCHA

Recentemente, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, veio a Franco da Rocha para inaugurar um piscinão. Um fato chamou a atenção, as obras dos piscinões ainda não estão prontas, mas mesmo assim, o governador juntamente com a prefeita, vereadores e dezenas de políticos da região apareceram para essa atividade. Nas redes sociais, muitos […]

4 fev 2025, 13:24

Recentemente, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, veio a Franco da Rocha para inaugurar um piscinão. Um fato chamou a atenção, as obras dos piscinões ainda não estão prontas, mas mesmo assim, o governador juntamente com a prefeita, vereadores e dezenas de políticos da região apareceram para essa atividade.

Nas redes sociais, muitos desses políticos afirmavam que agora não teriam mais enchentes, outros apareceram para sair na foto com o governador São Paulo. Um deputado fez vídeo para se regozijar, que, graças ao piscinão, Franco da Rocha não tinha mais enchentes. Porém, na madrugada do dia 31/01 para o dia primeiro de fevereiro, as chuvas na cidade, além de deixar o centro da cidade debaixo d’água, com vários deslizamento e outros vários pontos de enchentes nos bairros, causou grandes prejuízos aos comerciantes e aos trabalhadores que não conseguiram chegar aos seus postos de trabalho. Mas, por que, mesmo com os famigerados piscinões, as enchentes são cada vez mais violentas em Franco da Rocha? A ganância do capitalismo, vinculada à especulação imobiliária, impulsiona a destruição das áreas verdes, dos mananciais, dos pequenos rios e de seus afluentes que foram soterrados, para dar passagem a condomínio e novos bairros na cidade. Se somando a isso, temos as ocupações desordenadas no município, que contribuíram de forma exponencial com a degradação do meio ambiente e, consequentemente, são os principais fatores que impulsionam as famigeradas enchentes em nossa sofrida Franco da Rocha.

É urgente criar mecanismos que possibilitem o planejamento sustentável, concatenado com o plano diretor da cidade, além disso, é extremamente importante desenvolver uma política ambiental com incentivo a criação de cisternas nas residências para conter as águas da chuva, a criação de asfaltos ecológicos, reflorestamento da mata nativa do cerrado, das áreas degradadas e fazer constantemente a limpeza dos córregos, desassoreamento dos rios e plantação de árvores nas áreas de risco e no entorno dos barrancos. Ademais, se faz necessário, uma política rígida e séria de fiscalização desses novos bairros e residenciais que tem crescido numa velocidade assustadora, que estão acabando e destruindo com as áreas verdes, causando danos irreparáveis ao meio ambiente, em nome de uma especulação imobiliária que dá muito lucro aos empresários da construção civil, em detrimento de milhares de pessoas que além ficarem só no prejuízo, sofre as consequências dessa política de destruição e degradação do meio ambiente. Edmilson Costa é historiador, pedagogo e professor há mais 23 anos.