Educação?
“Só Se For Para Ensinar a Atirar’’ São Paulo, o estado mais rico do país, está promovendo e investindo muito em um novo esporte: a “VIOLÊNCIA POLICIAL”, com uma premiação única: “ASSASSINATOS”. Crimes que se tornaram eventos constantes, como uma novela interminável. Este 3 de dezembro de 2024 foi especialmente “emocionante”, como se São Paulo […]
“Só Se For Para Ensinar a Atirar’’
São Paulo, o estado mais rico do país, está promovendo e investindo muito em um novo esporte: a “VIOLÊNCIA POLICIAL”, com uma premiação única: “ASSASSINATOS”. Crimes que se tornaram eventos constantes, como uma novela interminável. Este 3 de dezembro de 2024 foi especialmente “emocionante”, como se São Paulo estivesse tentando superar seus próprios recordes de brutalidade. A imprensa, que adora dar destaque aos esportes, não deixou passar despercebida a modalidade “ARREMESSO DE HOMEM EM PONTE”, uma ponte à força policial, e a medalha de ouro, o crime! Como se o crime fosse… existir?
E claro, não podemos esquecer a modalidade de tiro ao alvo realizada pelo sargento aposentado de Itanhaém, que, em uma performance digna de um filme de ação, decidiu atirar em crianças na rua. Impossível ter maior exemplo de “educação” do que essa demonstração de como agir com equilíbrio e respeito ao próximo.
Agora, vocês devem estar se perguntando: o que a educação tem a ver com isso? Bom, o fato é que a educação poderia, de alguma forma, contribuir para que não chegássemos a este ponto, onde a polícia se comporta como uma versão distorcida da Justiça. Imagine se nossos policiais fossem treinados não apenas para atirar em qualquer um que se mova de maneira suspeita, mas para, sei lá, resolver conflitos de forma pacífica, respeitar a vida humana e entender que são servidores da população e não uma tropa de mercenários acima da lei?
O governador Tarcísio de Freitas parece não estar muito preocupado com o aumento alarmante de 46% no número de mortes causadas por policiais. E o que ele faz sobre isso? Efetivamente nada. Apenas assiste de camarote e, como sempre, repudia a violência, mas, por algum motivo, suas ações não coincidem com suas palavras. Como se ele estivesse em uma espécie de “off” no que diz respeito a criar políticas públicas eficazes para combater esse problema, que é antigo, mas que se agravou no seu governo.
E claro, não podemos esquecer do nosso super-herói preferido, “Secretário de Segurança Derrite”, o homem que, ao que parece, acredita que o pobre deve ser tratado de forma diferente do rico. Como disse Bezerra da Silva: “seu doutor só combate o morro, não combate o asfalto também”. Parece que ele acredita que armar ainda mais a polícia e aumentar a repressão vai transformar São Paulo na Disneylândia da segurança pública. Pra quê reforma, revisão ou treinamento quando se pode continuar jogando pessoas de pontes, jogando spray de pimenta ou simplesmente disparando tiros na cara dos cidadãos, ao invés de buscar soluções que envolvam diálogo ou empatia?
Não podemos esquecer do nosso Secretário da Educação, Renato Feder, que tem sido muito eficaz em garantir que o sistema de ensino paulista seja um campo de treinamento perfeito para as futuras gerações de IGNORANTES. Além de ser indiferente à necessidade de uma reforma educacional que foque na educação em direitos humanos e antirracista, ele também é culpado por retirar matérias do currículo escolar, como filosofia, sociologia, história e geografia, responsáveis por integrar questões de cidadania e resolução de conflitos. Porque, claro, quem precisa ensinar os jovens a respeitar a vida e o próximo quando se pode simplesmente investir em privatizações e escolas cívico-militares que claramente irão preparar novos “ARREMESSADORES DE PESSOAS DE PONTES”?
No fim das contas, o que vemos aqui é uma cidade onde a educação não é prioridade, onde a polícia é tratada como uma força de repressão, e onde o governo finge que está fazendo algo, enquanto observa tudo desmoronar. Então, é claro que, enquanto continuarmos a negligenciar uma educação de qualidade e a falta de treinamento adequado para as nossas forças de segurança, o ciclo de violência continuará a girar, cada vez mais rápido. A solução está mais do que clara: precisamos de uma reforma urgente não só na educação, mas também na forma como a polícia é treinada e como o governo de São Paulo decide lidar com a segurança pública. Mas, claro, isso exigiria uma mudança de verdade, e ninguém quer isso, certo?