'

FALA PROFESSOR! EDUCAÇÃO EM DEBATE!

Imagine um leilão. Não, não um leilão de carros, imóveis ou joias. Um leilão da educação! Sim, você não leu errado. Afinal, se dá certo com cemitérios, por que não com escolas? Quem melhor para cuidar da educação pública do que aqueles que já são especialistas em lidar com quem “não precisa mais” de educação […]

31 out 2024, 12:00

Imagine um leilão. Não, não um leilão de carros, imóveis ou joias. Um leilão da educação! Sim, você não leu errado. Afinal, se dá certo com cemitérios, por que não com escolas? Quem melhor para cuidar da educação pública do que aqueles que já são especialistas em lidar com quem “não precisa mais” de educação – os mortos? Engeform, aquela que administra cemitérios, agora também vai dar as caras nas nossas escolas. Horas, cuidar de cemitérios é bem parecido com gerir escolas, né? Se pensarmos um pouco existem até algumas semelhanças! Vejamos: tem lápis e tem lápide, tem caixão e tem carteira, concentração e silêncio. Quase a mesma coisa.

E não podemos esquecer dos grandes maestros dessa sinfonia “DESAFINADA!” Ah, Tarcísio de Freitas, o forasteiro que decidiu que a privatização é a cura para todos os males, e Renato Feder, o “ENCANTADOR DE EXCEL” que acha que planilhas resolvem até a questão da fome no mundo e talvez agora resolva o problema da imortalidade. Juntos, até parecem “PENADINHO E ALMINHA” personagens da Turma da Mônica que nos educam a lidar com a morte. Trouxeram a genialidade de leiloar a infraestrutura das escolas. Porque, claro, melhor que a “qualidade do ensino” seria a gestão das paredes e do telhado, para quem já está acostumado a fazer lápides e caixões será fácil. Podemos dizer que é tudo uma questão de “otimização.”

E a cereja no bolo? A gente finge que a gestão pedagógica ainda está nas mãos do Estado, mas só a parte pedagógica. E o resto? Vamos terceirizar tudo. Assim, se der problema no telhado e chover dentro da sala de aula, como vem acontecendo a culpa não é de quem administra a escola, mas sim de quem construiu.
E vice-versa. Um verdadeiro “pingue-pongue” de responsabilidades! “NÓS AMAMOS TUDO ISSO.”
O importante é gerar lucro, mesmo que o preço seja a educação pública!

Ironia das ironias, enquanto assistimos às escolas se transformarem em linhas de crédito do Tarcísio e Feder, (ou melhor PENADINHO E ALMINHA) a prioridade é apenas uma, o lucro.
Educação integral? Claro! Mas agora, integral no orçamento de quem leva o leilão.