Resolução SEDUC 83/2025:
Nota sobre a Resolução 83: Avaliação nas Escolas de Tempo Parcial Culpabiliza Professores por Descaso Governamental na Educação de SP A educação pública de SP não está apenas sofrendo uma tentativa de assassinato; está sendo torturada para que sua morte seja dolorosa e lenta. Mais uma manhã em que acordamos com uma nova resolução que […]

Nota sobre a Resolução 83: Avaliação nas Escolas de Tempo Parcial
Culpabiliza Professores por Descaso Governamental na Educação de SP
A educação pública de SP não está apenas sofrendo uma tentativa de assassinato; está sendo torturada para que sua morte seja dolorosa e lenta. Mais uma manhã em que acordamos com uma nova resolução que institui: “A AVALIAÇÃO NAS ESCOLAS DE TEMPO PARCIAL.”
A Resolução 83 chega disfarçada de valorização e escuta da comunidade escolar, mas, quando analisamos de forma mais profunda, percebemos um total desalinhamento com a realidade vivida no chão das escolas públicas.
Enquanto professoras e professores precisam lidar com salas superlotadas, defasagem de materiais pedagógicos, estrutura institucional precária e plataformização, o secretário de Educação, Renato Feder, com a aprovação do governador Tarcísio de Freitas, impõe mais uma forma de responsabilizar os educadores pelo desmonte educacional causado pelo próprio governo.
Professoras e professores enfrentam jornadas exaustivas, trabalhando em até cinco escolas diferentes — em algumas regiões, até em cidades diferentes — para conseguir garantir um salário minimamente digno.
Os docentes das escolas públicas estaduais de SP recebem um vale-alimentação de R$ 12,00 e um vale-transporte que varia de R$ 5,00 a R$ 100,00, com base em um cálculo realizado pela SEDUC que nem mesmo a própria Secretaria de Educação consegue explicar.
A categoria de professores sofre com excesso de trabalho; cerca de 20% está afastada por problemas de saúde mental.
E o Estado quer avaliar todo o professorado sem garantir as condições mínimas de trabalho. Com um currículo educacional engessado, que diminui o espaço criativo e pedagógico e sufoca os educadores por meio de um sistema falho, o governo propõe uma avaliação institucional claramente injusta e opressora, que individualiza toda a comunidade escolar, quando a problemática parte do abandono e do descaso do governo com a educação pública de São Paulo.
Na Resolução 83, não há espaço para diálogo. Silencia professores da educação especial, assim como a comunidade no entorno da escola. Fortalece gestões autoritárias, já que estas não serão avaliadas nos mesmos termos, ferindo os princípios da gestão democrática previstos na LDB.
A TLS luta para que o Estado garanta estrutura, valorização e escuta ativa dos trabalhadores da educação e da comunidade escolar. Exigimos investimento público e condições dignas de trabalho não avaliações injustas, que servem somente para precarizar o sistema educacional e toda a categoria do professorado.
