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TLS NA XI CONFERÊNCIA DE MULHERES DA APEOESP

Na história do movimento sindical no Brasil, destaca-se a atuação de mulheres e grupos que protagonizaram não só a luta sindical, mas também a propositura de debates para a participação e a garantia de direitos das mulheres. A luta das brasileiras por direitos trabalhistas, participação e paridade tem no movimento sindical um espaço convergente de […]

27 abr 2024, 10:43

Na história do movimento sindical no Brasil, destaca-se a atuação de mulheres e grupos que protagonizaram não só a luta sindical, mas também a propositura de debates para a participação e a garantia de direitos das mulheres.

A luta das brasileiras por direitos trabalhistas, participação e paridade tem no movimento sindical um espaço convergente de enfrentamento, o direito a compor as direções, foi uma conquista do percentual de cotas para mulheres o que revelou um posicionamento hostil à presença feminina em espaços de decisão e poder.

Na Constituinte, destaca-se a Carta das Mulheres Brasileiras aos Constituintes que incluía a afirmação expressa de “reconhecimento da titularidade do direito de ação aos movimentos sociais organizados, sindicatos […] na defesa dos interesses coletivos” e, especificamente, sobre o trabalho, a garantia de isonomia em relação aos direitos trabalhistas, previdenciários e à sindicalização (Valverde, 2014, p. 42).

Nós, professoras, sofremos com o machismo diariamente, somos uma categoria com 80% de mulheres e ainda assim, há diferenças no trato quando é com homens: na forma de falar; de cobrar; e isso tanto por parte da gestão como por parte dos alunos. Outro dado interessante, é que apesar de maioria, na gestão essa lógica não se aplica, sendo a maioria dos gestores homens. Essa condição é reflexo do papel subalterno no qual a mulher esteve e está submetida à sociedade. As alunas não ficam fora dessa opressão, também sofrem com o machismo todos os dias.

Podemos ver também o desdobramento do machismo estrutural na questão da desvalorização da carreira, os governos nunca reconheceram devidamente o seu valor e o papel que ocupa na construção da sociedade justa e igualitária.

É de extrema importância, que sejam pautadas de forma específica os preconceitos de raça, gênero e classe, destacando a discriminação que as mulheres negras como, por exemplo, com os menores salários. É urgente lutar por políticas de permanência de mulheres negras em seus espaços

Em resumo, foi com muita luta de tantas companheiras que hoje estamos aqui e é por esta luta que este encontro é tão necessário.